Sumário
Hoje completa-se um ano sem a presença física de Batista entre nós, e as coisas por aqui já não são mais as mesmas.
Por onde passou, deixou uma marca profunda e inconfundível, como uma chama que incendeia o espírito, despertando nos outros a paixão pela liberdade — um anseio que poucos conseguem transformar em realidade.
A mente de Batista, por sua vez, foi marcada pelo confronto direto com os mandões autoritários e corruptos de uma sociedade que privilegia o efêmero e ignora as verdades mais profundas e complexas. Ele navegou contra essa corrente, explorando as dimensões ocultas e intangíveis da existência com coragem e visão únicas.
Segundo historiadores e amigos que lutaram lado a lado com ele nas trincheiras da vida, sua cabeça de poeta e jornalista revolucionário ergueu e liderou baluartes da imprensa, sendo ele o maior.
Sempre em nome da liberdade, Batista acreditava na possibilidade de viver com a consciência tranquila, livre das amarras de um pensamento limitado por cobranças externas com fundamentos passageiros presos a radicalismos .
E diferente disso, ele sempre se agarrou na imortalidade de ideais que sempre ecoariam pela sua nobreza, seja neste plano ou em outros.
Em 24 de novembro de 2023, a sociedade brasileira perdeu um homem raro, daqueles que não são encontrados em qualquer esquinas, vilas ou cidades, não pela sua falta de humildade, já que a humildade pressupõe os sábios, e sim pela sua extrema raridade de pensar, criar e transformar para realidade os seus pensamentos elevadamente únicos.
Homens como Batista vivem nas ondas de ideais por um mundo melhor e com mais justiça.
Homens como Batista não são encontrados nos extremismos, nem na Direita e nem na Esquerda.
Eles acreditam que uma ideia, por mais simples que seja, quando unida à vontade transformadora de homens e mulheres, é capaz de mudar completamente o curso da humanidade para o bem.
Meu pai formou gerações de jornalistas, transformando suas redações em verdadeiros celeiros de talentos que marcaram a comunicação goiana e brasileira neste século e no século passado.
Aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo em vida são privilegiados.
E aqueles que não tiveram essa oportunidade, ainda o conhecerão, através das páginas da história.
Eu , um dos abençoados por Deus, por ter oportunidade de viver e aprender intimamente com alguém tão extraordinário de fato,por quase vinte dois anos de idade, fiquei encarregado de continuar alguns dos seus planos, outros só o grande Batista poderia de fato realizar.
Meu coração será eternamente seu.
Obrigado, pai!
João do Sonho Custódio de Almeida