O Governo de Goiás, por meio das secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Saúde (SES), apresentou nesta terça-feira (14/10) os resultados da segunda fase da operação estadual de combate à comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas. A coletiva foi realizada na sede da Superintendência de Polícia Científica, em Goiânia, com a presença de representantes do Procon Goiás, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e técnicos da Vigilância Sanitária.
Determinada pelo governador Ronaldo Caiado, a operação intensificou as fiscalizações em bares, distribuidoras e restaurantes de 22 cidades goianas. Ao todo, 1.193 estabelecimentos foram vistoriados, resultando em 7.539 bebidas vencidas, sem procedência ou sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) apreendidas. Foram ainda 70 autuações do Procon, 39 conduções à delegacia, 665 amostras coletadas para análise laboratorial, 486 procedimentos policiais instaurados e 139 perícias requisitadas.

O subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, afirmou que o foco é impedir que produtos adulterados cheguem ao consumidor.
“Estamos falando de uma ação coordenada para proteger vidas. A fiscalização é rigorosa, planejada e contínua, atuando especialmente nos pontos mais vulneráveis da cadeia de distribuição”, destacou.
Já o secretário de Saúde, Rasível Santos, alertou para o risco do consumo de bebidas falsificadas.
“A ingestão de álcool contaminado, sobretudo com metanol, pode causar cegueira, falência renal e até a morte. O trabalho preventivo e a atuação integrada têm sido essenciais para evitar tragédias como as que vimos recentemente em São Paulo, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul”, ressaltou.
Até o momento, Goiás não registrou casos confirmados de intoxicação por metanol. Apenas um caso segue em investigação.
A operação abrangeu as cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Cidade de Goiás, Luziânia, Itumbiara, São Luís de Montes Belos, Rio Verde, Catalão, Ceres, Formosa, Porangatu, Posse, Jataí, Goianésia, Trindade, Águas Lindas, Uruaçu, Caldas Novas, Iporá, Nova Crixás e Pirenópolis.









Fiscais do Procon e agentes da Polícia Civil inspecionam depósitos e recolhem bebidas sem origem comprovada em distribuidoras da Região Metropolitana de Goiânia. Subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, apresenta dados da operação e reforça o caráter preventivo das ações.
Problema nacional
Nos últimos meses, o consumo de bebidas adulteradas tem causado mortes em diferentes regiões do país. Em São Paulo, 16 pessoas morreram após ingerirem pinga contaminada com metanol. Casos semelhantes foram registrados em Minas Gerais e no Paraná. A substância, altamente tóxica, é usada na fabricação de solventes e combustível, mas tem sido ilegalmente misturada ao álcool para baratear a produção clandestina.
Especialistas alertam que os sintomas da intoxicação podem surgir horas após o consumo e incluem tontura, náuseas, perda de visão e, em casos graves, parada cardiorrespiratória.