A recente escolha do Brasil para sediar a COP30 trouxe à tona, com ainda mais força, o debate sobre a implantação do trabalho verde – uma necessidade urgente diante de nossa realidade socioecológica drástica.
Diante disso, penso que a psicologia precisa se adaptar a esse mesmo pensamento. É hora de priorizarmos o "trabalho verde emocional". Mas como desenvolvê-lo conosco?
Antes de tudo, é necessário um "planejamento de vida emocional sustentável". Seria como mudarmos nossa forma consciente de pensar para uma ecoconsciência, trabalhando na prevenção de doenças mentais e no aprimoramento sustentável do enfrentamento das dificuldades da vida relacional – seja no trabalho, com a família, os amigos, e nas paixões.
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), fundada por Albert Ellis, nos ensina que não somos regidos por "algoritmos" emocionais rígidos. O precursor de nosso bem-estar é a nossa forma de pensar, que define nossas emoções e comportamentos.
Precisamos, para ontem – agora, mais do que nunca – aprender a pensar de forma sustentável. Pensar verde, onde o racional e o lúdico coabitem o mesmo espaço, onde a vaidade dê lugar à autenticidade e a realidade psíquica mitigue as ilusões.
Somente assim acompanharemos este novo movimento, estando, acima de tudo, a favor de nós mesmos, e não do lixo tóxico das relações que nos impedem de preservar quem somos.