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INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

Cyberbullying: a rede virtual que assola o adolescente homoafetivo

A psicóloga, música e escritora Ana Paula de Siqueira Leão explica como a violência virtual afeta a saúde mental dos adolescentes LGBTQIA+, e o que pais e escolas podem fazer para combater essa epidemia silenciosa.

Imagem: AI generated

Você já imaginou como é viver com o medo constante de ser atacado por quem você é? Para muitos adolescentes LGBTQIA+, essa é a dura realidade imposta pelo cyberbullying homofóbico.

Ao mesmo tempo em que a conexão digital avança, a epidemia silenciosa deteriora a saúde mental dos nossos jovens. Diferente da brincadeira saudável, que promove alegria e aproxima as pessoas, essa violência se manifesta por meio de ironias cruéis, humilhações, ameaças e exclusões ininterruptas. Diferente do bullying presencial, o cyberbullying não tem hora para acabar.

Um caso emblemático. Mateus, um garoto de 15 anos, viu sua vida desmoronar após se tornar alvo de homofobia em um grupo virtual. As noites em claro, o medo constante e a vergonha o consumiram, levando-o ao isolamento e à perda de interesse pelas coisas que amava. E não é um caso isolado. Dados da UNICEF revelam que o Brasil está entre os países com maior incidência de cyberbullying no mundo, com cerca de 40% dos adolescentes relatando já terem sido vítimas de alguma forma de agressão virtual.

Pais, estejam atentos aos sinais de alerta:

  • Silêncio excessivo e isolamento social;
  • Mudanças de humor, irritabilidade ou tristeza constante;
  • Faltas inexplicadas à escola;
  • Comportamento atípico e angustiado no uso do celular.

Monitorem o uso da internet de seus filhos, conversem sobre os perigos do cyberbullying, ensinem-nos a denunciar casos de agressão e busquem ajuda profissional se necessário.

Educadores: promovam ações que vão além das palestras. Criem um ambiente escolar seguro e inclusivo, e implementem protocolos claros de ação contra o cyberbullying, que envolvam resultados no sentido de apoio à vítima e repercussões educativas efetivas.

O cyberbullying homofóbico não é um fantasma, mas uma realidade cruel que afeta milhares de adolescentes em todo o país. A sociedade tem o dever de apoiar e conscientizar. É hora de unirmos forças hoje para combater essa presente e dura epidemia virtual, denunciando, apoiando e conscientizando. Nossos jovens merecem um futuro seguro, promissor e esperançoso.

(Obs.: Mateus é nome fictício)

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