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INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

Bom dia, autoestima! Como você está?

A psicóloga Ana Paula de Siqueira Leão discute sobre a questão da autoestima hoje, e sobre formas adequadas de se olhar o tema

Caravaggio, Narciso (1597)

Todos os dias, ao acordar, encaramos o espelho. Não é um exercício fácil, uma vez que nele nos deparamos com nossas qualidades, mas, também, com as imperfeições... que podem estar dentro de nós, ou não.

Atualmente, tem havido uma gama imensa de profissionais, e até de leigos, que vêm oferecendo pacotes sedutores para pessoas que estão passando por momentos muito difíceis em suas vidas, e que, na maioria das vezes, estão se sentindo carentes e abandonadas, mas que não apresentam exatamente uma autoestima baixa.

A questão é que não podemos confundir autoestima baixa com depressão, com timidez ou introversão, com falta de autoconfiança; com um narcisismo oculto, em que a pessoa pode até demonstrar que tem autoestima baixa, mas, na verdade, tem uma grandiosidade ferida dentro de si mesma.

O conceito aqui trabalhado implica numa avaliação negativa de si, sem expectativas de achar-se alguém bom o suficiente - acontece autocrítica frequentemente, autodepreciação, na maioria das vezes, levando o sujeito a, consequentemente, imaginar que não tem valor num sentido geral.

A Psicanálise trata do conceito de autoestima de forma indireta, na medida em que este está ligado à construção do eu (ego) e às relações primárias de objeto; primordialmente, no que concerne à relação com os cuidadores durante a vida infantil. Já a abordagem cognitivo comportamental trata diretamente do conceito de autoestima, dizendo que ele é percebido como um produto de crenças e comportamentos que são desenvolvidos ao longo das vivências. E, ainda, existem outras abordagens psicológicas (interessantíssimas) que tratam do tema, como a humanista, a gestalt-terapia, a transpessoal e a comportamental.

Buscar ajuda de profissionais para oferecerem ajuda técnica, e intervenções a respeito do que está acontecendo realmente contigo - é o primordial.

De toda forma, o espelho vai estar lá, e as abordagens estarão por aí... Encare a sua vida como se você tivesse somente uma para viver... Jogue as cartas - e veja no que vai dar; se você estiver se sentindo "out" do baralho, então, que tal investir em outro, ou numa psicoterapia que combine contigo? Isso pode ser muito interessante... e você poderá até trocar os convidados de seu jogo, e obter novas companhias para jantar - ao invés de decidir apenas "trocar os pratos".

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