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Batista Custódio e as figuras folclóricas de Goiânia

Crônicas de um observador da alma goianiense: Batista Custódio e os personagens que deram cor e identidade à história da capital. Neste artigo, o escritor Giovani Ribeiro resgata memórias vívidas e figuras inesquecíveis da Goiânia de outrora

Caricatura do jornalista Batista Custódio em seu escritório, no Setor Nova Suíça, em Goiânia, onde viveu nos últimos 20 anos e foi sua última morada.

Sumário

O jornalista Batista Custódio era um exímio conhecedor das figuras folclóricas de Goiânia, além disso, participou ativamente, da vida social, cultural e política da capital goianiense. Era frequentador do Cine Casablanca, que era localizado na Rua 8, a Rua do Lazer, no Centro, inclusive, ele contava, que no tempo em que frequentou o Cine Casa Blanca, na década de 1960, e os homens tinham que estar trajados de paletó e de gravata, para entrarem nas sessões, pois, se tratava de um cinema glamouroso, para a época. Batista Custódio também escreveu diversos artigos, tanto no Cinco de Março quanto no Diário da Manhã, falando das figuras folclóricas que se destacaram na política e no cotidiano da vida dos goianienses.

O jornalista Batista Custódio era um exímio conhecedor das figuras folclóricas de Goiânia, além disso, participou ativamente, da vida social, cultural e política da capital goianiense. Era frequentador do Cine Casablanca, que era localizado na Rua 8, a Rua do Lazer, no Centro, inclusive, ele contava, que no tempo em que frequentou o Cine Casa Blanca, na década de 1960, e os homens tinham que estar trajados de paletó e de gravata, para entrarem nas sessões, pois, se tratava de um cinema glamouroso, para a época. Batista Custódio também escreveu diversos artigos tanto no Cinco quanto no Diário da Manhã, falando das figuras folclóricas que se destacaram na política e no cotidiano da vida dos goianienses.

Certa vez, ele escreveu um artigo com o título: “O Empoeirado Rezende Monteiro”, para falar do lendário deputado federal Antônio Rezende Monteiro (1923-1986). Rezende Monteiro era conterrâneo de Batista Custódio, ambos, eram de Caiapônia. Rezende Monteiro foi deputado estadual, deputado federal por seis mandatos e vice-governador de Mauro Borges Teixeira. Batista Custódio, no seu artigo, enalteceu o carisma de Rezende Monteiro, o seu modo costumeiro de trajar, por exemplo, ele gostava de usar constantemente, um paletó de cor azul marinho. Rezende Monteiro ficou famoso por suas frases engraçadas: certo dia, ao ouvir o relato de um eleitor que seu pai havia falecido, Rezende, respondeu: “Morreu para você, filho ingrato! Mas, para mim, continua vivo no meu coração”.

Em outro artigo escreveu sobre “Sebastião Burro Preto”, um negro, morador de rua, bastante divertido, que ficava em frente ao Grande Hotel, na Avenida Goiás. Burro Preto fazia discursos calorosos, ora, em defesa da UDN, ora, em defesa do PSD, dois partidos extintos que comandavam a política no Brasil e em Goiás, os discursos eram feitos em troca de alguns trocados ou de alguns paletós. Batista Custódio defendeu, no seu artigo, que ao invés de alguns políticos proporem homenagens para pessoas que não influenciaram a história de Goiânia, seria mais justo erigir uma estátua no Centro de Goiânia, com um busto em homenagem a Sebastião Burro Preto.

Em uma das últimas vezes que visitei o jornalista Batista Custódio, no Diário da Manhã, conversamos muito a respeito dos ensinamentos de Jesus, principalmente sobre o que fez Jesus entre os 12 aos 30 anos de idade, período que os Evangelhos não relatam nada a respeito do grande mestre da Galileia. Batista Custódio acreditava que durante esse período, Jesus passou alguns anos aprendendo com os essênios, que era um grupo religioso asceta que vivia isolado nas cavernas de Qmran.

Ao final da conversa, Batista Custódio, se despediu de mim, lembrando de outra figura folclórica de Goiânia, era o “Zé Tintureiro”, que todas as eleições era candidato mas nunca conseguiu se eleger.

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