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INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

Autoridade, por que queremos mais?

Nossas sociedades clamam sem cessar por um retorno da autoridade. Fundada na legitimidade e na adesão, ela se opõe, em princípio, à força e ao autoritarismo. Mas, em democracias fragilizadas, as fronteiras entre esses conceitos parecem porosas, e certos deslizamentos estão em curso

É melhor dizer de início: a autoridade é uma noção traiçoeira, até mesmo enigmática. Embora os dicionários concordem em defini-la como a capacidade — ou a arte — de se fazer obedecer sem recorrer à força, suas variações nem sempre são tão cordiais. O que seria um “poder autoritário” senão um governo que não hesita em coagir e reprimir? O que é um “argumento de autoridade”, senão uma afirmação arbitrária, sem lógica nem prova? Qual a diferença entre “ter autoridade” e “ser autoritário”? Um pai que bate ou pune seus filhos por qualquer mínima infração está demonstrando autoridade — ou justamente a ausência dela?

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Este texto pertence à série “De onde vem o desejo por autoridade” (As Ciências Humanas)
As Ciências Humanas: de onde vem o desejo por autoridade?
A diretora severa, o pai incontestável, o chefe todo-poderoso – será que os “durões” são relíquias de um passado autoritário já superado. Ou não? Enquanto celebramos a horizontalidade, uma parte profunda de nós parece clamar por ordem e estrutura, um anseio que gera líderes autoritários globalmente.

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