Ir direto para o conteúdo
INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

A difícil arte de ser espelho

Banda goiana Wormz presta tributo visceral ao Slipknot e conquista palcos do Brasil, do Paraguai e agora do maior festival de rock e motociclismo da América Latina

Popularmente conhecidos como covers, o gênero de artistas em destaque nesta coluna poderia ser definido como aqueles que a maioria das pessoas enxerga como quem “imita” ídolos e que, via de regra, não possui obra autoral, tendendo tão somente a interpretar os grandes sucessos dos “originais”.

Esses artistas cover podem ser solos ou bandas, que têm a responsabilidade de serem fiéis às celebridades em foco, aos seus repertórios, interpretando suas obras com os mesmos arranjos, muitas vezes cantando nos mesmos tons, usando figurinos semelhantes e assumindo um comportamento de palco idêntico — mesmas atitudes em cena, mesma coreografia (quando é o caso) e, preferencialmente, aparência física e timbres de voz e instrumentos similares aos dos artistas homenageados.

A cidade de Goiânia é pródiga nesse quesito. Temos por aqui alguns covers reconhecidos pelo público e que contam com verdadeiros fã-clubes. Alguns deles têm suas trajetórias reconhecidas também fora do Estado de Goiás e até do país, com lotações garantidas nas casas por onde passam.

Isto posto, pode-se destacar formações covers como Tina Turner (AliciKompany / Marli Prates), Pink Floyd (Vide Bula), Red Hot Chili Peppers (Funk U), Mamonas Assassinas (Os Creusebecks e Pitwawa), Linkin Park (Rocco), Guns N’ Roses (ShotGun), Queen (Dream On), U2 (U2 Cover), Metallica (SnakePit) e Slipknot (Banda Wormz) – sendo esta última o nosso destaque nesta edição.

Antes de falarmos sobre os nossos personagens locais, faz-se necessária uma breve apresentação de seus inspiradores.


Slipknot

Com a ajuda da I.A., aprendemos que a banda Slipknot é um grupo de heavy metal estadunidense, conhecido por suas apresentações enérgicas, figurino “industrial” numerado e pelas máscaras personalizadas que seus membros usam. Formada em 1995 em Des Moines, Iowa, a banda é famosa por suas letras intensas e som agressivo, misturando elementos de nu metal, thrash metal e hard rock.

Com álbuns como Iowa e .5: The Gray Chapter, o Slipknot conquistou uma base de fãs leais ao redor do mundo. O grupo é conhecido por suas performances ao vivo, que frequentemente incluem elementos teatrais e visuais que refletem a intensidade de sua música. O Slipknot é uma das bandas mais influentes do heavy metal contemporâneo.

Atualmente, o Slipknot é formado por Corey Taylor (vocal, nº 8), Mick Thomson (guitarra, nº 7), Jim Root (guitarra, nº 4), Alessandro Venturella (baixo, nº 5), Eloy Casagrande (bateria, nº 3), Shawn Crahan (percussão, nº 6), Michael Pfaff (percussão, nº 9), Tortilla Man (sampler e teclados) e DJ Sid Wilson (nº 0).

Um dos símbolos associados à banda é um eneagrama (ou nonagrama), uma estrela de nove pontas que representa unidade, lealdade, amizade e memória — sentimentos igualmente cultivados na Wormz.


Banda Wormz

A Wormz – Slipknot Cover – é uma banda que encara o desafio de ser espelho dos rapazes de Iowa com extrema seriedade, profissionalismo e paixão. Todos os integrantes são admiradores do grupo e vão muito além de “imitar” seus ídolos: imprimem em suas performances um refinado perfeccionismo, com inúmeros ensaios, atenção cirúrgica ao repertório, arranjos detalhados, instrumentos de qualidade, maquiagem adequada e figurinos fiéis — a ponto de encomendarem máscaras no exterior, de artesãos que também produzem para a trupe de Des Moines.

Com esse nível de preciosismo, as bandas que assim procedem transcendem a categoria de cover, recebendo o título de tribute band, reconhecidas por suas performances primorosas, cheias de detalhes e verossimilhança — quase um espelho de seus originais.

A Wormz nasceu em Goiânia (contrariando a lógica da cidade rotulada como “capital do sertanejo”) em 2019, inicialmente com o nome SC16. Em pouco tempo, ocupou importantes espaços do rock goiano, firmando-se como destaque na categoria e apresentando-se para dezenas de milhares de pessoas em praças públicas.

Sua formação conta com:
• Lyncoln Seabra – vocais (nº 8)
• Angelo Henrike – percussão e vocais (nº 6)
• Lucas Peroto – bateria (nº 1)
• Ítalo Galo – baixo (nº 2)
• Samuel Nobre – guitarra (nº 4)
• Alex Thompson – guitarra (nº 7)

LYNCOLN SEABRA E ANGELO HENRIKE - DOIS DOS MEMBROS LÍDERES DA WORMZ - À PAISANA

Local, regional, nacional e além

Com atuação nas principais casas noturnas e espaços de música em Goiânia, a banda Wormz logo partiu para conquistar novos públicos fora da capital. Em Anápolis, Caldas Novas e Brasília, já possuem plateias cativas. Também tocaram em Campo Grande (MS) e em Pedro Juan Caballero (Paraguai), sempre com excelente aceitação e convites para retornos.

Seu feito mais recente foi ser incluída na programação oficial do Capital Moto Week, sendo um dos poucos nomes das Terras Goyazes a ocupar um dos palcos principais do evento.

O CMW está em sua 20ª edição e é considerado um dos maiores festivais de motos e rock da América Latina. Realizado anualmente em Brasília, reúne milhares de motociclistas e fãs de rock, com mais de 100 shows nacionais e internacionais. O festival acontece no Parque Granja do Torto e segue até 2 de agosto.

Os meninos mascarados das Terras do Pequi sobem ao palco Moto Bar Spaten, nesta sexta-feira, 1º de agosto, às 23h, prontos para inundar a arena com peso, performance e mosh pit.

Acelerem suas máquinas e preparem-se: vem muito rock com a Banda Wormz!
Let’s rock, dudes!


📌 SERVIÇO

Wormz no Capital Moto Week
🎸 Tributo ao Slipknot – direto de Goiânia
📍 Palco Moto Bar Spaten – Parque Granja do Torto, Brasília
📅 Sexta-feira, 1º de agosto de 2025
🕚 Às 23h00
🎟️ Ingressos e informações: www.capitalmotoweek.com.br

Comentários

Mais recente

A pré-história da burrice humana

A pré-história da burrice humana

Homo sapiens é a espécie campeã mundial da mancada há 300.000 anos. Agricultura, líderes, guerras, religiões: por trás de cada grande “progresso”, uma nova burrice. E se finalmente fizéssemos um balanço, nem que seja provisório, desde o início conhecido da humanidade?

Membros Livre
Quem merece morrer?

Quem merece morrer?

Sobre o assassinato de Charlie Kirk, psicólogo e pesquisador sobre narrativas existenciais, Sam Cyrous faz um manifesto pela dignidade da vida humana e denuncia as narrativas de ódio que hoje têm pregado a morte de quem pensa diferente.

Membros Livre