Sumário
Esclarecimento
Antes de iniciarmos esta ousada empreitada, um breve esclarecimento:
Quando nos referimos aos “Libertadores da Humanidade”, que selecionamos para aqui constarem, não adotamos prioritariamente (mas também) os critérios relativos ao grau de cultura, sagacidade intelectual e, nem mesmo, à erudição.
Olhando atentamente a história, tanto do Ocidente quanto do Oriente, com o “olho” aclarado pelo contínuo processo de autoconhecimento, pudemos identificar, em todos os povos e suas culturas, aqueles personagens, muitas vezes tidos como míticos, que, em suas trajetórias existenciais, foram vencendo-se progressivamente até o ponto de se despojarem de suas tecituras personalísticas, sem, no entanto, perderem de vista suas consciências individuadas. Paradoxalmente, o alcance de suas percepções e o sentimento profundo de unidade com toda a manifestação de vida mostram-se acentuados, por assim dizer, nessas “almas de elite”, elegíveis à obra deliberada no império da luz.
Com a “egoevacuação”, verifica-se a expansão da consciência que as impulsiona rumo à “Dimensão Supramental”, terra desconhecida para o homem demasiadamente engolfado na biosfera e, sobretudo, na psicosfera. Qualquer tentativa de descrever a imersão no Supramental esbarra na necessidade de fazer o transcrito redutivo ao mental. Mas é precisamente essa imersão da alma na dimensão Supramental que propicia uma poderosa ressonância transformadora na personalidade, capacitando-a a se conduzir de forma autoevolutiva, orientada por sua bússola interior alocada em seu Eu Verdadeiro.
Saulo era o personagem judeu inteiramente absorvido na vivência do ego. Sua personalidade, inclusive, repudiava os cristãos, chegando mesmo a persegui-los. Entretanto, o impacto da “Luz de Cristo” no âmago de sua alma fê-lo despertar em si a dimensão “Crística” (Supramental), naturalmente pré-existente em latência no seu íntimo — “O reino de Deus está dentro de vós”. O novo homem agora é Paulo, o “Renascido pelo Espírito”, que pôde, posteriormente, dizer: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Os nossos notáveis “Libertadores” são os personagens que existiram, existem e, sobretudo, vivem como “Renascidos pelo Espírito” nesta vida ou em alguma outra, nas “muitas moradas da casa de Meu Pai”.

Batista Custódio
Iniciaremos o nosso “Perfil dos Libertadores” com um personagem conhecido de todos nós — Batista Custódio. Sua determinação e coragem em praticar um jornalismo feito por quem, a todo custo, se fez funcionário da verdade e, para sê-lo, também se fez arauto da divina Sophia já o tornam elegível. Mas, somado a isso, devo destacar que a ideia de escrever Perfil dos Libertadores me ocorreu por inspiração advinda da memória de um destilado e prolongado diálogo que tivemos em sua casa, quando Lyras da Liberdade estava apenas no embrionário.
O legado de Batista Custódio rompe as fronteiras de Goiás e alcança o Brasil e o mundo. Digo isso porque sua magistral maestria no ofício de jornalista, incluindo suas produções textuais carimbadas com o selo específico e autêntico de Batista Custódio, possui raízes na “Árvore” que representa sua vivência mística de imersão na dimensão Supramental, brotando nos frutos de sua consciência enriquecida por sua vasta cultura, o dom da intuição e da percepção na inteligência.
No seu colossal artigo Luz Quebrada, Batista, fazendo uso da “luz não quebrada”, vibracionalmente presente em sua consciência e turbinada em erudição, percepção aguçada na inteligência e o dom intuitivo e profético emanado do seu espírito, mostra aos leitores que a história política de Goiás e do Brasil, com seus altos e baixos, seus personagens direta ou indiretamente atrelados aos vários escalões do poder, é uma sinfonia com muitas notas dissonantes ou, no seu dizer, “luz quebrada”. Gênio.
Fazendo uso do princípio das analogias e das correspondências entre o visível e o invisível, o macro e o micro, o alto e o baixo, ele consegue, de certo modo, desocultar as entranhas fétidas e putrefatas dos nichos de muitos políticos melindrosos, prisioneiros do emaranhamento da teia de corrupção. Embora esses infelizes analfabetos no conhecimento da “Lei de Causa e Efeito”, que opera infalivelmente tanto na dimensão física quanto metafísica, em sua maioria não saibam que são prisioneiros.
Nessa sua criação literária acerca dos fatos e personagens do cenário socioeconômico e político, desde Getúlio Vargas até o ano de 2019, ano da publicação do artigo, Batista parece ter visualizado diretamente os acontecimentos pretéritos através de “janelas não locais” abertas no tecido do “espaço-tempo” para contactar o campo Akáshico, que, segundo a tradição dos Vedas, é o registro vivo e permanente de tudo o que aconteceu e acontece na seara humana e em todo o universo manifestado. Digo isso porque, no texto escrito, há uma adequação harmônica de metáforas com a análise socioeconômica e política do país, com filosofia universal e com sabedoria do pensamento iluminador, para dialeticamente contrastar com a “luz quebrada”, revelando, inequivocamente, o extravio contraevolutivo nos rumos da nação e apontando o remédio para o retorno à retomada evolutiva.
Melhor será, evidentemente, estarmos em contato com o pensamento direto do pensador. Aqui, então, estão algumas frases que retiramos à criteriosa pincelada, dentre a plêiade de outras milhares que foram produzidas pela usina mental de Batista Custódio. Basta estas sentenças, apreciadas atentamente, para notarmos o tom da dimensão cósmica que o nosso primeiro libertador alcançou ainda em vida. Ei-las pois:
- “A política é a essência da sabedoria na ciência do poder.”
- “As palavras que não estão ajustadas à voz da consciência são palavras estéreis.”
- “Os insensíveis e os tolos não atinam que a inteligência sem a elucidação do conhecimento é como arma sem mira e não acerta o alvo.”
- “Beber o néctar do mistério impulsiona o sonho de um grande ideal.”
- “O eterno nos feitos materiais está nas ideias geradoras do novo, que move o impossível para o possível, com as descobertas no transcurso da evolução humana.”