Sumário
Eu me lembro de algumas coisas que ficaram marcadas em minha memória afetiva. Na época em que era criança, havia a novena para o Menino Jesus.
Quando chegava próximo ao Natal, a pedido de minha mãe, plantávamos arroz em latinhas de extrato de tomate. Colhíamos musgo das paredes e árvores para construir o presépio. Escolhíamos um galho de árvore bem bonito para fazer uma árvore de Natal e a cobríamos com algodão. O complicado era que as bolas para enfeitar eram tão frágeis que, se caíssem, já era! Todos os anos, precisávamos comprar mais.
Quando chegava próximo ao Natal, havia o lado fraternal e da caridade. Meu pai escolhia o boi mais gordo para abater e mandava limpar as sacas de arroz na cidade para distribuir aos vizinhos que viviam na escassez. Nossa casa ficava cheia de visitas que levavam seus filhos, e para nós era uma grande satisfação – mais crianças para brincar.
Quando chegava o Natal, naquela época, raramente ganhávamos presentes. Os natais em que fomos presenteados foram os que passamos na cidade. Eu sempre acreditava que o Papai Noel dava presentes apenas às crianças da cidade.
Quando chega próximo ao Natal, atualmente, tudo parece diferente... Mas o sentido continua o mesmo: comemoramos o nascimento de Jesus.
Zizi Mendes, ou Zilmar Mendes Ferreira Garcia, ocupa a Cadeira nº 17 da Academia Goianiense de Letras (AGnL), cujo patrono é Nelly Alves de Almeida.