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Poeta Gabriel Nascente será consagrado membro do PEN Clube do Brasil

Conheça a ascensão do poeta goianiense que rompe barreiras, eleva a produção artística nacional com mais de 70 livros publicados e alcançou a elite literária do Brasil. Gabriel fará parte de uma organização de escritores empenhada na defesa da liberdade de expressão, direitos e valores humanistas

GABRIEL NASCENTE é o nome literário de Gabriel José Nascente. É de Goiânia (GO), onde nasceu a 23 de janeiro de 1950. Jornalista. Morou em São Paulo, apadrinhado pelo poeta Menotti Del Picchia. Em setembro de 1978, a Academia Paraibana de Poesia lhe outorgou o título de “O Embaixador da Poesia Brasileira”, e o Liras da Liberdade concorda integralmente.

Sumário

O renomado poeta goiano Gabriel Nascente será empossado como membro titular do PEN Clube do Brasil no dia 28 de março de 2025, sexta-feira, às 17 horas. A cerimônia ocorrerá na sede social da instituição, localizada na Praia do Flamengo, 172, sala 1101, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Após a posse, haverá o lançamento de seu livro As Lâminas da Lama.

Gabriel José Nascente nasceu em Goiânia, Goiás, em 23 de janeiro de 1950. Iniciou sua trajetória literária aos 16 anos, com a publicação de seu primeiro livro de poesias, Os Gatos, em 1966. Desde então, construiu uma carreira prolífica, com mais de 70 obras publicadas, abrangendo gêneros como poesia, ensaio, ficção, reportagens, narrativas e crônicas.

Clássica foto do poeta goiano de epopéias belíssimas. Gabriel José Nascente já não é mais a pessoa, é a própria poesia. A Academia Brasileira de Letras tem a chance de abrilhantar sua glória com a pena do goiano Gabriel Nascente.

Nascente teve experiências marcantes ao longo de sua vida, incluindo estadias em São Paulo, onde conviveu com o poeta Menotti del Picchia, e períodos em Montevidéu e Buenos Aires durante a ditadura militar, vivendo na clandestinidade. Sua obra El llanto de la tierra foi publicada em Concepción, no Chile, em 1999, traduzida para o castelhano pelo poeta Dilermando Rocha.

Seus poemas foram traduzidos e publicados em diversos idiomas, com participações em jornais, revistas e antologias no Brasil e no exterior. Reconhecido internacionalmente pela crítica, Gabriel Nascente recebeu inúmeros prêmios nacionais, como o Prêmio Nacional de Poesia da Academia Brasileira de Letras em 2014, pela obra A Biografia da Cinza.

Fundado em 2 de abril de 1936, no Rio de Janeiro, pelo teatrólogo e romancista Cláudio de Sousa, o PEN Clube do Brasil é uma organização de escritores dedicada à defesa da liberdade de expressão e dos direitos e valores humanistas. A entidade faz parte do PEN Internacional e mantém uma ligação linguística com o PEN Clube Português. O clube congrega escritores e profissionais da palavra de nacionalidade brasileira, incluindo poetas, ensaístas e novelistas.

Ao longo de sua história, o PEN Clube do Brasil contou com membros ilustres, como Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Austregésilo de Athayde, Carlos Heitor Cony, José Mindlin, José Sarney, João Ubaldo Ribeiro, Paulo Coelho e Nélida Piñon.

O PEN Internacional, sediado em Londres, é uma organização mundial de escritores fundada em 1921. A sigla “PEN” representa “Poetas, Ensaístas e Novelistas” (Poets, Essayists, Novelists). A instituição tem como objetivo promover a amizade e a cooperação intelectual entre escritores de todo o mundo, além de defender a liberdade de expressão e atuar como uma voz poderosa contra a censura e a opressão.

Com centros em mais de 100 países, o PEN Internacional trabalha para promover a literatura e a compreensão intercultural, além de defender escritores perseguidos e apoiar a liberdade de imprensa.

A posse de Gabriel Nascente no PEN Clube do Brasil representa um reconhecimento significativo de sua contribuição para a literatura brasileira e reforça o compromisso da instituição em valorizar e promover a diversidade literária no País.


Chegou até aqui? Aproveite e leia o poema Umbrais do Tempo, que pode ser encontrado no Volume II da obra Galáxia dos Dias, que reúne a produção de Gabriel:


UMBRAIS DO TEMPO

I
O meu primeiro verso
foi uma briga com a vida.
Depois olhei para o céu
e vi búfalos mordendo as nuvens.

As estrelas eram frias.
Meu pai serrava madeira:

 Aprenda tabuada, Bié,
que o mundo é dos negócios!


E fui crescendo entre os muros
de um amor apocalíptico.
(Sob a varanda, na rede,
tinha febre: suores de uma viagem
as calçadas sombrias de Praga,
tantas igrejas de torres góticas,
e Kafka oprimido).

II  

Minha luta começa por estrangular
os deuses da descrença.

O que será de nós
nesta virada de fim de século?
E porventura a lua não irá
para as vitrines do museu?

A água é tão antiga
na caminhada de tuas pedras.

Os rios não têm pressa!

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