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Perenidade: As ideologias nunca morrem

De onde vem essa tendência da política de transformar ideias em ideologias? Por que há a necessidade de agitar bandeiras, inflamar-se, buscar culpados e despertar esperanças (frequentemente frustradas)? Por Jean-François Dortier.

Qual é o ponto em comum entre o socialismo, o liberalismo, o fascismo, o comunismo, o ecologismo, o nacionalismo, o populismo e o anarquismo? A resposta está em quatro pequenas letras, colocadas no final de cada palavra: “ismo”. Esse sufixo basta para apontar o fenômeno ideológico. Há também “ismos” na pintura (impressionismo), na literatura (naturalismo) e até mesmo nas ciências (darwinismo, freudismo). Trata-se de um indicador de uma visão de mundo associada a um movimento que a sustenta.

A ideologia, portanto, é mais que uma ideia, um projeto ou um ideal: é também um movimento, uma luta, muitas vezes travada contra outros “ismos”. E, enquanto movimento de pensamento e ação, a ideologia possui todos os atributos de uma religião – outra grande produtora de “ismos” – com a qual compartilha muitos pontos em comum: pais fundadores, uma lenda sagrada, causas a defender, esperanças, desilusões, interpretações diversas e antagonistas, reformulações, heresias, conflitos internos e mitos fundadores.

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