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INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

Os fundamentos da Autoridade

De Platão a Arendt, cinco visões sobre o poder que se impõe — ou se aceita — sem imposição. Uma jornada pelas raízes do respeito, da obediência e da fascinação que moldam nossa vida em sociedade

Este texto pertence à série “De onde vem o desejo por autoridade” (As Ciências Humanas)
As Ciências Humanas: de onde vem o desejo por autoridade?
A diretora severa, o pai incontestável, o chefe todo-poderoso – será que os “durões” são relíquias de um passado autoritário já superado. Ou não? Enquanto celebramos a horizontalidade, uma parte profunda de nós parece clamar por ordem e estrutura, um anseio que gera líderes autoritários globalmente.

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O SABER
Platão

(428–348 a.C.)

Pode-se obter a inclinação de alguém sem coerção: ao lhe apresentar uma realidade. A verdade tem autoridade, e os sábios que a detêm e a ensinam exercem, de fato, um ascendente natural sobre aqueles que os escutam. Dotados de autoridade, no entanto, eles não estão à frente das autoridades, lamenta Platão:

“À menos que os filósofos cheguem a reinar nas cidades, ou a menos que aqueles que atualmente são chamados reis e dinastas filosofem de maneira autêntica e satisfatória, e que o poder político e a filosofia venham a coincidir um com o outro (...), não haverá fim para os males das cidades nem para os do gênero humano” (A República).

Aos olhos do pai da filosofia, a democracia é o reinado dos demagogos e das aparências; ela leva ao poder pessoas que não têm um conhecimento claro da ideia de justiça, condenadas por isso a se desviarem em suas decisões.

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