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INFLUÊNCIA INTELIGENTE TODO DIA

Comenda Batista Custódio como eco das mais altas paisagens, aventuras e alcances do jornalismo livre

O psicanalista Edson Manzan Corsi busca trazer aos leitores alguma perspectiva acerca da Comenda Batista Custódio, como símbolo inigualável da qualidade e da ousadia jornalísticas, embebidas em teores éticos-valorativos fundamentais - de beleza e magnitude inefáveis.

"A comenda, com medalha dourada de 35 milímetros de diâmetro, traz o nome e as datas de nascimento e morte do jornalista, ladeadas pelas palavras 'Jornalista' e 'Destaque'. Será entregue em sessões solenes nas semanas do dia 24 de novembro, data em que se completa, ano após ano, o aniversário da partida de Batista — símbolo e renovação de sua presença na memória coletiva da cidade que ele a fez crescer." (Arthur da Paz, em seu editorial À IMORTALIDADE: Câmara Municipal de Goiânia cria a Comenda Batista Custódio)

Eis que surge no horizonte da linha temporal de nosso tão belo, interessante, rico e vasto estado de Goiás (por tantas vezes, em termos do cenário nacional, injustamente desmerecido) a Comenda Batista Custódio, vislumbrada, engendrada e efetivada na Câmara Municipal de Goiânia; a partir de gesto "embrionário" do ex-vereador Leandro Sena.

Trata-se de evento singularíssimo em sua importância, pois busca (solidamente) se articular à volta do legado de ninguém menos que o maior jornalista já visto por este estado: Batista Custódio - e, portanto, necessariamente à volta de valores; a ele atrelados, e profundamente cultivados; pelo que posso perceber claramente, tanto no tocante à sua vida pessoal quanto profissional... 

Como posso fazer tal afirmação, sem tê-lo conhecido ao vivo, dialogado ou estado, em qualquer forma que fosse, em sua presença física? Respondo sucintamente: pelos sentimentos e impressões que tenho, ao poder, com fundamento e alegria, denominar-me ensaísta jornalístico para este Liras da Liberbade.

Mediante contato com seu filho, Arthur da Paz, que clara e intensamente carrega os valores assimilados através da convivência com o pai, posso aqui exercer liberdade temática, profundidade conceitual e filosófica, trazer à tona a sofisticação do repertório psicanalítico, apreendido ao longo de minha carreira clínica, e me vejo tranquilo e animado a escrever, propor diálogos, aventar articulações sobre quais sejam os assuntos polêmicos, relevantes, atuais e difíceis que se enlacem a meu pensar e perceptividade clínico-cotidiana.

Esse grau de liberdade de imprensa, sofisticação intelectual, disponibilidade dialética; posso assegurar, nunca foi visto antes em Goiás. Entre a sinceridade mais profunda das emoções e experiências, e os desafios intelectuais mais interessantes e labirínticos - as liras ecoam musical-linguisticamente neste âmbito único de liberdade - de ser, expressar-se, viver, renascer... crescer.

Se aqui é possível vivenciar plenamente o ecoar de tal legado, a Comenda desvela-se como um prêmio, primeiramrente, a nosso país, nosso estado, nossos valores, nossa cultura, nossos estilos de estar-no-mundo e fruirmos a existência. Ela abarca o fazer jornalístico como pérola de honra inexprimível, na densidade e alcance da beleza do que representa - e como espécie de fundação a descortinar a relevância do jornalismo bem feito, livre, ousado, bem embasado, indiferente às meras adulações e seduções mundanas (e egoicas).

Assim, tento perfazer este texto sem saber definir sobre minha honra em escrevê-lo, e sobre meu agradecimento de tão vastas dimensões a Arthur da Paz, por, através deste jornal, e de sua própria pessoa, é claro, fazer-me conhecer, experienciar e admirar, com (tanta!!!) alegria: o legado de seu pai. 

E a Comenda Batista Custódio chega como premiação... como bênção, auspiciosa e tão amplamente significativa: para enriquecer nossos viveres, valores, pensamentos e modos de ser (e escrever) - aqui; nesta terra onde tentamos sempre caminhar - para o melhor; para além dos empobrecidos e rebaixantes individualismos. 

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